COMEMORANDO A FUNDAÇÃO DO RIO PARALELO
(um esforço conjunto de bares, restaurantes, livrarias, cinemas, grifes e outros negócios em prol da diversidade artística e da manutenção de um circuito permanente de cultura aberto à produção independente no Rio de Janeiro. Mais abaixo explico com mais detalhes.)
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TEM MAIS UM CLUBE DO VINIL nesta QUINTA, dia 24
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Com um convidado super especial:
o escritor, professor, dj, músico, jornalista e, exatamente por isso, um pouco de nada disso, DODÔ AZEVEDO
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O DJ que é o superastro das badaladas festas COORDENADAS e SEGREDO
(pois é, apesar de pilotar seu megaultrablaster laptop nessas festas, seu VERDADEIRO XODÓ É SUA VITROLA & SEUS LPs, e algumas das jóias de sua coleção passearão pela livraria nesta quinta-feira!)
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LEMBRANDO DAS MUDANÇAS:
(graças à intimação que recebemos da prefeitura – outro assunto que a gente esmiúça mais abaixo.)
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1) a farra começa mais cedo, às 19h, pra podermos terminar também mais cedo e evitar incômodos pra vizinhança.
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2) pra escutar o som é preciso estar dentro da loja. Você pode até espiar da calçada as danças estusiasmadas do Dodô (o Renato Russo das pick-ups!), mas ali fora não tem música, ok?
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3) não há venda de bebidas na livraria, mas você pode trazer sua biritinha e guardar na nossa geladeira. Além disso, clientes com o cartão Rio Paralelo ganham uma cervejinha de cortesia na compra de livros e LPs – e enquanto os cartões não chegam, a promoção vale pra geral.
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MAS VAMOS FALAR DE MÚSICA!!!!
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“Para Dodô Azevedo, só existem dois estilos musicais – música ruim e música boa. Eclético? Dodô encontra e mistura o melhor da música, em todos os tempos, em todas as nacionalidades. Seu set é uma espécie de manifestação da memória afetivo-musical do público. Descobrindo as canções que ocupam o espaço emocional na cabeça de quem está na pista, Dodô promove catarse e divertimento. Essas características o levaram a ser convidado a escrever um livro “DJ Pessoal, uma áudio-ajuda” e a encarar eventos tão gigantescos quanto o Revellion em Copacabana ou a comemoração de 60 anos do escritor Ruy Castro.”
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Mas algo tem um lugar privilegiado em seu coração: ROCK’n’ROLL. Ou mais precisamente o INDIE ROCK? Dodô também é técnico de som e trabalhou com uma das bandas ícones do indie low-fi, a PELVS. Britpop é outra das praias prediletas do selector…
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O SET PRINCIPAL, como de praxe, é surpresa
MAS O CARDÁPIO QUE O DJ ÁCARO PREPAROU INCLUI:
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Modest Mouse, The Black Keys, Violent Femmes, Built to Spill, Radio 4, The B-52’s, Wilco, Gang of Four, Arctic Monkeys, Dionysos, Primal Scream, Lene Lovich, Lo Fat Orchestra, Of Montreal, The The, Dream Syndicate, The Greenhornes, Pin Ups, Cardigans e Raveonettes
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Além de algumas curiosidades como a banda filhote do Kula Shaker, The Jeevas, a recém lançada em bolachão Karina Buhr e algum clássico do pop setentista que merece ser redescoberto – Daryl Hall & John Oates e a banda Chic, do indefectível Nile Rodgers.
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NO SEBO BARATOS DA RIBEIRO:
Rua Bara Ribeiro 354, Copacabana
Tel. (21) 2256 8634
www.baratosdaribeiro.com.br
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Mas se estiver preso em casa, fechando aquela planinha de Excel que o chefe pediu ou cuidando do seu pimpolho ou enrolado com aquele cano que estourou no banheiro, no problem! OUÇA A TRANSMISSÃO AO VIVO PELA WEB RÁDIO GRAVIOLA:
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http://www.radiograviola.com.br/
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MAS QUE DIABOS É O TAL RIO PARALELO?
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É fruto das conversas entre vários empresários que tocam negócios de pequeno porte na área da cultura, apaixonados pela arte que promovem- seja a gastronomia, a música ou o cinema -, e que por isso mesmo insistem em abrir espaço para idéias bacanas, não necessariamente as mais lucrativas. SÃO CASAS MODESTAS, MAS RESPONSÁVEIS POR EVENTOS DE QUALIDADE DIFERENCIADA, e que por isso alcançam grande repercussão.
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A PRIMEIRA INICIATIVA do coletivo é um cartão de vantagens, um mimo para o público que frequenta esse CIRCUITO QUE PRIVILEGIA A PRODUÇÃO ALTERNATIVA E AUTORAL carioca. Tá tudo aqui, neste site abaixo.
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http://www.rioparalelo.com/
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A BARATOS DA RIBEIRO, por exemplo, oferece os seguintes mimos:
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Combos de 4 livros ou LPs por uma bagatela; descontos para pagamento em cartão de crédito; cervejinhas de cortesia em dias de evento; frete gratuito em compras via web; bônus para compra de publicações independentes.
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O coletivo reúne:
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Audio Rebel, Baratos da Ribeiro,Berinjela, Boteco Salvação, Café do Solar, Casa da Matriz, Cavídeo, Cine Jóia, Cine Santa, Clandestino,Espaço Acústica, Folha Seca Livraria, Fosfobox, Galeria Café, Gibeer, King Seven Tattoo, La Cucaracha, Livraria e Editora Oito e Meio, Moviola, Pista 3, Puebla Café, Saloon 79, Sempre Música Discos e Teatro Odisséia.
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Agora eu explico com minhas próprias palavras, sem esperança de representar a visão do coletivo, mas me permitindo expressar algumas opiniões mais pessoais, ok?
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É no Teatro Odisséia, no Espaço Acústica, no Vespeiro, no Audio Rebel, no Plano B, na Fosfobox e afins que surgem as bandas e DJs que valem a pena ouvir, com um trabalho ousado e nem sempre radiofônico – apesar de o Rio Sampa, o Scala, o Monte Líbano e a Nuth reunirem via de regra mais gente e mais grana. Assim como o Cine Jóia e o Cine Santa lançam jovens cineastas brasileira cujo trabalho merecem longos debates, ao passo que as redes Cinemark e Kinoplex ouvem o tilintar muito mais sonoro dos caixas com seus blockbusters.
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ESSES EMPREENDEDORES MIÚDOS, MAS VISIONÁRIOS, PERCEBERAM QUE TÊM ENFRENTADO VÁRIAS DIFICULDADES em comum. Em especial o aumento desvairado dos aluguéis, a super-exposição de mega eventos bancados por grandes corporações (e governos, em geral) e o encolhimento da imprensa tradicional (tanto pelo fechamento de veículos como o JB e pelo fim da coluna Rio Fanzine, por exemplo, quanto pela pulverização da informação em tempos de redes sociais).
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O FUZUÊ EM TORNO DO ROCK IN RIO FOI UM ALERTA. Já fez muitos anos que o governo municipal e estadual passou a promover mega eventos (haja visto o Dia da Consciência Negra na Quinta da Boa Vista, no último domingo), passando inclusive a interferir mais em festividades que até então ocorriam de forma mais pulverizada e casual, com os blocos de carnaval. ALGUM CHOQUE DE ORDEM FOI MUITO BEM VINDO, até porque ninguém discute a necessidade de se organizar o a circulação dos blocos nas ruas da cidade, por exemplo. Mas a VIRADA CULTURAL CARIOCA NÃO DEU MUITO CERTO, justamente porque ignorou um dos princípios essenciais do modelo paulista: a utililização do maior número de espaços possíveis para os eventos. Em São Paulo, a Virada tenta ocupar todos os Centros Culturais da rede pública, de forma a oferecer a maior variedade de atrações possíveis – não só música popular, mas de orquestras de câmara à teatro de bonecos -, evitar congestionamentos e muvucas perigosamente exageradas e incitar o comércio a manter-se aberto por mais tempo, tornando assim as ruas mais convidativas ao bom, velho e simples passeio. Essa diversidade de palcos permite inclusive à Virada Paulista escalar artistas de segmentos pouco populares, criando assim oportunidades raras de se conhecer trabalhos altamente influentes na arte contemporânea. Já a Prefeitura do Rio, na última edição da sua Virada, montou apenas 3 palcos (Arpoador, Quinta da Boa Vista e Bangu), com artistas que estão volta e meia tocando por aí, em grandes casas de shows.
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O ROCK IN RIO INCOMODOU? Não. Mas salta aos olhos a diferença de esforço do Poder Público dedicado ao mega evento, em comparação aos esforços rotineiros para promover a cultura na cidade. Fica a impressão equivocada de que o Rio de Janeiro só fervilha de música umas poucas vezes por ano, enquanto o circuito permanente de casas de shows e teatros luta para manter-se, apesar da falta de investimentos privados ou públicos. Afinal de contas, onde as bandas do Palco Sunsets se apresentarão nos próximos meses, até o próximo Rock in Rio? Não será no Vespeiro, que acabou por ordem da prefeitura – mais detalhes no link abaixo.
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http://www.baratosdaribeiro.com.br/o-sebo-baratos-da-ribeiro-lamenta-informar-o-fim-dos-vespeiros-conforme-solicitado-pelas-autoridades/
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O COLETIVO RIO PARALELO SE PREOCUPA COM A OCUPAÇÃO PERMANENTE DA CIDADE PELAS MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS, a acredita que isso pode acontecer num circuito de negócios privados, sem necessidade inclusive de investimentos públicos – basta uma relação de diálogo e parceria, como a cessão da Rua Henrique Novaes para a realização do Mercado Urbano de Botafogo (onde se apresentaram, no domingo dia 13, as banda Rock Ted e Supernaturais).
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EM TEMPOS DE FACEBOOK, O COLETIVO RIO PARALELO INSISTE NA IMPORTÂNCIA DOS LUGARES ONDE OS ENCONTROS REAIS ACONTECEM. E nasce para promover um tipo particular de ambiente: lugares que incitem experiências diferenciadas a partir da música, dos livros, de filmes e objetos de arte, design e outras peças.
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NO FIM DAS CONTAS, TRATA-SE DE RESPONSABILIDADE SOCIAL. Cabbet Araújo, dono da Fosfobox, criou por exemplo o evento Abraço da Paz, na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, levando à ocupação cultural de um antigo prédio construído por traficantes. Em Botafogo, a criação de um pólo de cultura e turismo levou à geração de mais empregos e à realização de eventos locais que valorizam o bairro. Além desses, a realização de uma das principais feiras de vinil do Rio é outra ação bem-sucedida de integrantes do grupo.
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Maurício Gouveia (a.k.a. DJ Ácaro)
livreiro
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VOCÊ TAMBÉM ACHA ESSAS QUESTÕES IMPORTANTES?
(E se você é produtor cultural, jornalista ou simplesmente cinéfilo ou aficcionado por música música, provavelmente acha)
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ENTÃO PARTICIPE DO DEBATE QUE O RIO PARALELO PROMOVE
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NA SEGUNDA, dia 28, às 18:30h, no Cine Jóia
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Mercado x Cultura: qual o futuro dos pequenos e médios negócios culturais como lojas, casas e salas de espetáculos e exibição no Rio de Janeiro dos grandes eventos?
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Participantes:
Maurício Valladares, radialista, fotógrafo e criador do programa RoncaRonca
João Luiz de Figueiredo, coordenador do Núcleo de Economia Criativa da ESPM
Raphael Aguinaga, sócio do Cine Joia
Maurício Gouvea, sócio do sebo Baratos da Ribeiro
Paulo Monte, sócio da Bolacha Discos e do Embolacha, site de financiamento colaborativo
Mediador: Leo Feijó, do Grupo Matriz
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Temas:
O impacto dos grandes eventos nesta cadeia produtiva, os custos elevados com aluguéis e a sustentabilidade das lojas, o vício do mercado publicitário em apoiar apenas eventos e negócios com grande escala e as barreiras para obtenção de patrocínio neste segmento, a possibilidade de criação de uma holding cultural de médios e pequenos, o papel do poder público e, ainda, como o crowdfunding pode ser útil neste esforço?
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E APROVEITE O CARTÃO RIO PARALELO PARA FARREAR NO FINAL DE SEMANA GASTANDO MENOS!
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Dá uma sacada no que rola no TEATRO ODISSÉIA, por exemplo:
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25/11, sexta, 23h.
Festa LED Party Rock
Neon, Luz Negra e Shots. No line-up, DJ Buba, Ivy Santos e outros.
Ingressos: R$ 20,00 até 0h com nome na lista; R$ 25 até 1h com nome na lista; R$ 35,00 após 1h ou sem nome na lista.
Quem apresentar o cartão do Rio Paralelo pagará R$ 20 a noite inteira, com fila exclusiva.
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26/11, sábado, 23h:
Battles
A festa onde o DJ é você. Só vale iPod e derivados.
Ingressos: R$ 20 no listaamiga.com até 01h; R$ 25 no listaamiga.com depois de 1h; R$ 30 sem lista.
Portadores do Cartão do Rio Paralelo pagam R$ 20 toda noite, com fila exclusiva para os 30 primeiros
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27/11, domingo, 20h:
TOASTERS (EUA)
A banda foi uma das primeiras da Terceira Onda do Ska e é provavelmente a mais antiga ainda em atividade nos Estados Unidos. Influenciaram muitas que vieram depois, como um verdadeiro motor para a cena a partir do selo Moon Ska Records, criado por Robert Hingley, seu vocalista.
Ingressos: R$ 60.
Os primeiros 30 participantes do Clube Rio Paralelo a comprar ingresso na hora ganham 50% de desconto e uma caipirinha.
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Que moleza, hein?
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Confira outras opções de MÚSICA, GASTRONOMIA, CINEMA, MODA e SARAUS LITERÁRIOS em:
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http://www.rioparalelo.com/
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Publicado por Maurício
Tópicos: Clube do Vinil, Eventos