O Vespeiro apresenta OS HERDEIROS DO TROPICALISMO: Negro Léo & Trio Extraordinário, Sequelândia e banda Ladrão – NO SÁBADO, dia 31 de julho

Publicado por Maurício

Tópicos: Shows, Vespeiro

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VESPEIRO: SHOWS GRATUITOS NAS TARDES SE SÁBADO
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a partir das 17h, Com as bandas
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SEQUELÂNDIA
NEGRO LÉO & TRIO EXTRAORDINÁRIO
LADRÃO

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Uma dúzia de motivos para você não perder esses shows:
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1. O espetáculo “Deixa Queimar”, capitaneado por Negro Léo, foi um acontecimento estético tão marcante quando o show “Tropicália ou Panis et Circensis” na década de 60 ou “Trindade” nos anos 70.

2. Trata-se de uma música feita sem nenhuma preocupação com as fórmulas que atualmente fazem sucesso em rádios.
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3. Trata-se de uma música que tem algo muito importante a dizer sobre o estado das coisas, e a comunicação que se estabelece com a platéia é arrepiante, justamente porque ninguém entrega nada mastigado – é preciso pensar, e a galera anda louca pela chance de exercitar a inteligência quando se trata de música pop.
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4. Trata-se de música genuinamente pop, no melhor dos sentidos: o Sequelândia, por exemplo, tem uma canção intitulada “Amy Winehouse não morre, vira pombagira”.
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5. Ouvidos sagazes, habituados à psicodelia erudita de super instrumentistas como Hermeto Paschoal e Egberto Gismonti, vão ficar boquiabertos com os superpoderes do Trio Extraordinário – o guitarrista Gabriel Ballestre é um inacreditavelmente genial, e tem apenas 19 anos; parece baixar nele o espírito de Lanny Gordin.
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6. Cabeças pensantes, habituadas às narrativas rebuscadas de discos conceituais do Arrigo Barnabé, do Itamar Assumpção, David Bowie e Frank Zappa, vão se deliciar com os comentários do compositor Luís Augusto sobre conversas de fila de banco ou com as histórias pós-modernas de amor que Nelson Burgos tem pra contar.
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7. Negro Léo criou a canção-slogan, finalmente trazendo para a música popular as conseqüências da vitória da publicidade sobre os demais discursos.
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8. Essa música tem atitude política firme e discreta, sem soar em nenhum momento anfletária – como no caso de “O Petróleo é de quem for mais preto”, composição do Negro Léo. Batem forte como os punks, mas com a erudição dos vanguardistas europeus do entre-guerras, mas com os olhos voltados para o Brasil como a galera do Cinema Novo.
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9. Novas tecnologias a serviço das mais sérias tradições musicais: a banda Ladrão investe nas batucadas africanas e nordestinas, os arranjos do Trio Extraordinário são feitos na partitura e o Sequelândia foi criado para emocionar especialmente os ouvintes de rádio AM que vagam pela madrugada nas biroscas de beira de estrada. E todos usam sintetizadores e efeitos eletrônicos.
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10. Sensualidade: o método é cerebral, mas o efeito final se dá realmente pela altura da virilha…
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11.. É bom pra se dançar, por mais estranho que pareça, em alguns momentos…
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10. Eles tem um senso de humor aguçadíssimo.
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Eu poderia ter feito uma lista de 50 ótimos motivos, quiça de 100. Saí do show que vi deles no Espaço Multifoco com a mesma sensação que saí do cinema, quando vi “A Chinesa”< de Godard: com as idéias em ebulição vertiginosa, as sinapses faiscando na cachola, achando que teria de assistir de novo muitas vezes até dar conta daquele fenômeno tão extraordinário, que tudo bota em questão. (Anos depois meu compadre Guilherme Preger me chamou a atenção pro quanto de humor tem naquele filme, do quanto está para provocar e fazer rir... E a mesma advertência eu poderia fazer a quem for prestigiar a farra do Negro Léo & turma.) . AH, QUER SABER DUMA UMA COISA, CUMPADI?!
Um compasso vale mais do que mil palavras:
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http://www.myspace.com/deixaqueimar
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http://tramavirtual.uol.com.br/sequelandia
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http://www.myspace.com/sequelandia
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http://www.oinovosom.com.br/ladrao
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http://www.myspace.com/ladrao
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Sei que sou um entusiasta dos joevens compositores, mas espero que você tenha percebido que Nelson Burgos e Negro Léo me impressionaram como poucos o fizeram. Portanto, confiem nesta convocação especialíssima.
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Maurício Gouveia
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SEBO BARATOS DA RIBEIRO
Rua Barata Ribeiro 354, Copacabana
Tels. (21) 2256 8634 ou 2549 3850
http://blog.musicaparameiaduzia.com.br/
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COM A PALAVRA, NEGRO LÉO:
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O show que faremos é um amálgama de repertórios. Entre retomadas e abandonos sustenta uma dinâmica interna justificada por certa linguagem e referências ancoradas no formato clássico do cancioneiro popular com certa tendência experimental. A profecia de Schoenberg sobre o dodecafonismo ser a música do futuro não se realizou nem para músicos de academia. Isso não interessa à juventude de alguém que seja um “intuitivo” como eu, para quem a força do próprio chubby-duba basta. Os músicos são um parênteses porque são todos letrados em música, exceto Felipe Ridolfi que é um poeta como eu, no sentido mais autêntico de sua reputação para Platão. No vagar dessa prosa já bastante longa para cinco sujeitos ambiciosos (gabriel balleste guitarra eletrica pedro dantas baixo daniel fernandes bateria felipe ridolfi eletronica digital negro leo voz), consterna-me, por fim, os versinhos do mário quintana que meu tio jamais deixou-me esquecer: “o mais triste do passarinho engaiolado é que ele se sente feliz”.
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COM A PALAVRA, OS SEQUELADOS NELSON & GUTZ:
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Existe um local, dentro de cada um de nós, onde o devaneio, a descontração, a curiosidade e a música se encontram para tomar uma cerveja, bater um papo e principalmente celebrar esse maravilhoso, torto, precário e ao mesmo tempo único ato ininterrupto até a morte: viver. Seqüelândia é, essencialmente, um estado de espírito. Regido por duas entidades indianas: Kagandha y Andandha.
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Suingue, rock, dub, bases eletrônicas e esquisitices em geral. Música brasileira contemporânea, influenciada por Jimi Hendrix, DJ Shadow, James Brown, Fela e Femi Kuti, Jorge Benjor, Nação Zumbi, Bloco Vomit, Asian Dub Foundation…

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