Dia 15 de agosto, quarta: Baratos Explica O SAMBA & A UMBANDA, com o prof. Carlos Nogueira (UFRJ)

Publicado por Maurício

Tópicos: Clube da Leitura, Palestra Baratos Explica

BARATOS EXPLICA: O SAMBA & A UMBANDA

Mais um evento sui-generis criado pelo sebo mais bacana de Copa: uma série de palestras objetivando trazer para o grande público discussões acadêmicas, e difundir pesquisas tanto da área de Humanas como das Ciências Exatas.  O fio condutor das palestras é sempre uma bibliografia de 10 ou 15 livros essenciais e notoriamente importantes ou interessantes sobre determinado assunto.

Sabe aqueles cursos troppo chiques daquela casa à beira da Lagoa? É por aí: um especialista provando pro sujeito curioso que o tema não é nenhum bicho de sete-cabeças, discutindo questões acadêmicas com o jargão e a objetividade mais próxima da mesa de botequim.

Só que no clima Baratos: mais improvisado, mais à vontade & DE GRAÇA! Uma horinha de exposição do tema, mais outra horinha de bate-papo com a platéia, e um vinhozinho & uns petiscos para harmonizar.

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Quarta-feira, 15 de agosto, a partir das 19h:

BARATOS EXPLICA: O SAMBA & A UMBANDA, com o prof. Carlos Nogueira


O PONTO DE PARTIDA:

Entre os Bantos Lunda-Quiocos de Angola trazidos como escravos para os cafezais do Vale do Paraíba, na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, na segunda metade do século XIX, Samba significa cabriolar, brincar. Esse grande grupo etnolingüístico  legou à música brasileira as bases do samba, através do Culto Omolokô da Umbanda.
No Rio de Janeiro, a modalidade mais tradicional do samba é o partido-alto, um samba cantado em forma de desafio por dois ou mais participantes e que se compõe de uma parte coral e outra solada. Essa modalidade tem raízes profundas nas canções do batuque angolano, em que as letras são sempre improvisadas de momento e consistem geralmente na narrativa de episódios amorosos, sobrenaturais ou de façanhas guerreiras

Com a estruturação, na cidade do Rio de Janeiro, da comunidade baiana na região conhecida historicamente como “Pequena África” – espaço sóciocultural que se estendia da Pedra do Sal, no morro da Conceição, nas cercanias da atual Praça Mauá, até a Cidade Nova, o samba começa a ganhar feição urbana. E esse samba só começou a adquirir os contornos da forma atual ao chegar aos bairros do Estácio e de Osvaldo Cruz, aos morros, para onde foi empurrada a população de baixa renda quando, na década de 1910, o centro do Rio sofreu sua primeira grande intervenção urbanística. Nesses núcleos, para institucionalizar seu produto, então, foi que, organizando-o, legitimando-o e tornando-o uma expressão de poder, as comunidades negras cariocas criaram as escolas de samba.

No Morro de São Carlos havia um Ilê (Casa) de Omolokô cujo zelador era o Tatá Ti Inkice Tancredo da Silva Pinto, que também era um dos diretores da Escola de Samba Unidos de São Carlos, e um dos autores da música carnavalesca “General da Banda” Para alguns ritimistas vem dos tambores do Omolokô a magia da batida do Grêmio Recrativo Escola de Samba Estácio de Sá.

e por aí vai…

… com o CD-player do lado, para ilustrar, sonoramente falando, o papo.

 

o professor Carlos Nogueira

é carioca e graduou-se em Letras pela UFRJ, onde é atualmente desenvolve suas pesquisas. Mestre em Memória Social e Documento pela UNIRIO, é autor dos livros “Samba, cuíca e São Carlos” (Armazém Digital, 2005), que faz parte da bibliografia do Dossiê das Matrizes do Samba do Rio de Janeiro/ MinC – IPHAN, e “Olhar de Ifá” (Editora Oito e Meio, 2011). É também autor do vídeo-documentário “Deixa Falar:100 anos de Ismael e Mulheres Guerreiras”.
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A SÉRIE “BARATOS EXPLICA” SERÁ MENSAL. Sempre no meio do mês, variando o dia da semana se acordo com a disponibilidade do convidado.

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SEBO BARATOS DA RIBEIRO:

Rua Barata Ribeiro 354, Copacabana, Rio de Janeiro

Tel. (21) 2256 8634 /// http://www.baratosdaribeiro.com.br/

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Desde sua fundação em 2001 a livraria tem inventado os mais diversos eventos, soltando a criatividade para provar que difusão da cultura & diversão andam juntas – mesmo quando se trata da mais erudita cultura.

Já rolaram performances literárias simultâneas (Peep-Show Literário), mostra de cinema (Ciclo sobre Cinema Soviético, Mostra de Curtas Universitários, Cine Clube Domingueira), peça de teatro (uma montagem baseada na obra de Samuel Beckett, com 8 apresentações), saraus com música ao vivo (o Vespeiro, que promeveu mais de 150 apresentações) e outros fuzuês. O sebo também já cedeu seu espaço para outras iniciativas bacanas (como o Festival Rio Cena Contemporânea) e já promoveu atividades em outros locais (como a OFF-Bienal do Livro, que aconteceu no Espaço Mulfifoco e no Cine Lapa). Já publicamos alguns impressos (o xerocado BaratoZine, o jornal Outros Baratos, com tiragem de 3 mil exemplares), incluindo a primeira antologia de contos do Clube da Leitura; e até um LP já foi lançado com o apoio da marca: o Conjunto Vazio, do compositor paulista Thadeu Meneguini. E ainda esperamos o retorno do Clube do Vinil, programa de rádio feito ao vivo, com a participação do público, que foi criado em 2006 e teve de ser interrompido recentemente por ordem da prefeitura.

 

O Clube da Leitura é o evento com maior continuidade. Foi fundado em 2007, e continua firma e forte…

 

O CLUBE DA LEITURA

é dedicado à prosa de ficção. É um encontro de leitores vorazes, escritores em formação, gente que escreve contos sem nenhum pretensão de que seja mais do que uma brincadeira, leitores que adoram papear sobre o que andam lendo, curiosos a fim de conhecerem novos títulos e autores, uma rapaziada simpática que aprecia uma cervejinha gelada, um frango à passarinho bem temperado e um papo tão cabeça quanto informal. A livraria entra com o calor humano e a pauta da conversa, e no Poluma, boteco ao lado, você providencia o resto.

 

São 2 rodadas de leituras:

na primeira, a galera lê trechos de romances ou contos já publicados, seja de autores “indies” ou consagrados;

e na segunda são lidos os contos da própria galera, não assinados e distribuídos aleatoriamente.

Por quê? Porque rola uma votação para eleger o contos mais interessante da noite. E todos os concorrentes são sempre baseados no mesmo mote, eleito por sua vez na primeira rodada. “Mas peraí: elaborar um conto de 3.500 caracteres em 15 minutos?! Quem consegue?!” Fique tranquilo: o mote escolhido num encontro vale para os contos que disputarão a rodada competitiva do encontro seguinte, sempre 15 dias depois.

Sacou? Mais detalhes em:

http://www.baratosdaribeiro.com.br/clubedaleitura/

E NESTA TERÇA, dia 7, a partir das 20h,

o mote é “UNIVERSOS PARALELOS”

.. se não existisse o Clube da Leitura? Ou se ele existisse, mas fosse um Clube de swing? Ou um Clube da luta? E se o Clube fosse só de poesia? E se o Clube não fosse na Baratos? E se nunca tivessem sido publicados os volumes I e II? E se aquele amigo que te falou sobre o clube naquele encontro, você não tivesse encontrado com ele?

E se você nem conhecesse o George Patiño nem o Daniel Ribas? Ou se você nunca tivesse lido livro nenhum e para falar a verdade detestasse a literatura? E se você nem soubesse ler? E se você morasse fora do Rio, do País, do Planeta, da Galáxia? E se você só vivesse no mundo da lua? O que você faria se não existissem as terças-feiras e depois das segundas já viessem as quartas? E o que você faria se não estivesse no facebook nem visse esse convite?

Não sabe como responder a tantas e tantas questões? Pois venha no próximo Clube e certamente você encontrará algumas respostas a elas e a muitas outras que ainda atazanam a sua existência!”

extraído do evento no Facebook:
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E PARA IR ENTRANDO NO CLIMA da noite “O Samba & A Umbanda”,

fica a sugestão da mais nova mixtape disponibilizada pelo coletivo VINIL É ARTE. Uma seleção de compactos 7″ e LP 12″ de musicas angolanas gravadas para a edição de agosto de 2012 do evento “Eco Performances Poéticas”, que acontece em Juiz de Fora (MG). Pesquisa e produção acervo Pedro Paiva Discotecário. Entre os artistas Ruy Mingas, Carlos Lamartine, Mario Gama, Bana, Luiz N’gambi, Sá Morais e outros.

http://vinilearte.com/?p=2749

 

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