Bom dia, rapaziada que cultua a boa música.
CHEGOU UM LOTAÇO DE DISCOS NA BARATOS!
E por que você deveria confiar nessa minha eufórica afirmação?
Bem, eram todos da minha coleção pessoal. O que acontece é que estou prestes a me mudar pela 13ª vez – em 17 anos! Ainda acho que vale à pena gastar MUITO MAIS TEMPO carregando caixas com livros & LPs do que gasto carregando todo o resto dos móveis, roupas & outras tranqueiras supérfluas. Mas há um tempo decidi limitar o tamanho da coleção: são 10 metros de LPs (“medidos pela lombada”), que é o que cabe nos 9 móveis de madeira que montei para armazená-los. Onde cabem uns 2.500 discos.
E como eu nunca paro de comprar mais….. de tempos em tempo me força a dispensar alguns, para abrir espaço! De repente consigo uma edição importada, ou com faixa bônus, ou autografada, que substitui o exemplar que tinha…. Outras vezes simplesmente percebo que já não escuto mais aquele tipo de som, apesar dele ter sido fundamental em outra época da minha vida, ou da admiração que eu ainda tenha pelo trabalho.
Tentarei dar uma geral do que foi para a Baratos da Ribeiro:
Bandas mais obscuras do rock nacional, como Finis Africae (o EP em 45 rotações), Decreto a Lei e Varsóvia, E umas raridades da MPB, como o Conjunto 3D (Beth Carvalho antes de cair no samba! com Antônio Adolfo ao piano e Hélio Delmiro na guitarra), Luiz Eça & Família Sagrada, Francisco Xavier (“Uma Brasa à Moda”) e o Benito di Paula de 1971.
E o disco gravado ao vivo no primeiro Hollywood Rock. Em 1988? NÃO! A primeira edição do Hollywood Rock ocorreu no campo do clube Botafogo, em 1975, e foi organizada por Nelson Motta. Foram quatro sábados e contou apenas com artistas nacionais. Dentre as atrações, estiveram Celly Campelo, Erasmo Carlos e O Peso – o Vímana estava escalado, mas problemas na aparelhagem impediram sua participação. Destaque para os shows de Rita Lee, Raul Seixas e Os Mutantes. Segundo Nelson Motta, o evento recebeu cerca de 10 mil pessoas a cada dia.
Rock´n´Roll em geral: Chuck Berry, Frank Lymon, Cliff Richard, Eric Burdon & War, Beach Boys, The Trashmen, Stevie Nicks, Graham Parker, Southside Johnny, ZZ Top, Slade, Procol Harum, Jefferson Airplane, Tommy James & The Shondells, The Seachers, Duane Eddy, Dave Clark Five, Wallace Collection, Bill Wyman, The Shangri-Las, Style Council, Pink Floyd (um picture disc!) e até Velvet Undergound (na verdade o show no Le Bataclan em 1972: Lou Reed, John Cale e Nico tocando juntos uma última vez!). E o LP do Rutles, uma paródia de Beatles feita pelo pessoal do Monty Python.
Até test pressing tem: de “Fear”, disco de 1974 do John Cale.
Eu demorei pra me render ao Reggae. Hoje e dia eu curto, mas me cansa um pouco, então decidi ficar apenas com um disco de cada artista… E foram embora vários do Toots & The Maytals e do Skatalites. E o Golden Gate Quartet, conhece? É Doo Wop gospel dos anos 50. Excelente representante de um estilo que teve forte influência no R&B, rock e também na música jamaicana.
Na verdade tentei reduzir ao máximo minha seção de Soul & Funk e de jazz. Eu gosto, mas é raro eu estar no clima…. Então abri mão de LPs da Nina Simone, Joe Sample & David T. Walker, The Voices of East Harlem, Gladys Knight & The Pips, Tower of Power, Jr, Walker & The All Stars, Kool & The Gang, Thad Jones & Ruth Brown, Ernestine Anderson, Ray Charles & Betty Carter (em vinil translúcido), Gloria Lynne, Cecil Taylor, Ramsey Lewis, Miles Davis, Count Basie tocanco Beatles, Jimmy Giuffre, Kai Winding, Dave Davani Four, Irene Reid, Dave “Fathead” Newman, Donna Hightower, Eric Gale, Wes Montgomery e Defunkt – essa é excelente e vai agradar em cheio os fãs de Funkadelic!
E tem aqueles discos que eu adoro, mas que já ouvi pra cacete, e agora ta na hora dele proporcionar alegria à outros melômanos…. Como o Deep Street Soul, um combo de “garage-jazzy-funk” que no álbum de 2009 gravou uma versão incrível para “Kick out the jams”, do MC5, com Tia Hunter no vocal. E por falar em punk….
Estou dando adeus à alguns títulos do Sex Pistols, Television e New York Dolls. A maioria EPs, singles, bootlegs e raridades em geral – como um LP com as gravações da banda The Iguanas, onde Iggy Pop foi baterista, antes de montar o Stooges!
Pós-punk: James White & The Blacks, Lene Lovich, Pigbag, Soft Cell, Objetivo Birmania, Derribos Aarias (ambos da Espanha), Les Rita Mitsouko, Gogol Premier Et La Horde (esses 2 últimos são franceses) e Robert Broberg (Suécia).
O lance é que o som “gótico” de fins dos 70 e início dos 80 foi muito importante pra minha formação musical. Escutei muito entre os 15 e os 20 anos, mas na boa: não sou mais tão melancólico, e nem pretendo voltar a ser. Então eu, que já tive toda a discografia de alguns ícones do “movimento”, resolvi agora guardar um disco apenas de cada um deles: Siouxsie & The Banshees, The Cure e Bauhaus. Dessa leva a jóia mais valiosa talvez seja o primeiro trabalho de Matt Johnson, chamado “Burning Blue Soul”: com uma atmosfera bem mais pesada do que os discos da banda que o fez famoso, The The. Esse álbum foi gravado em 1981, mas só foi lançado depois do sucesso de “Soul Mining”.
Voltando ao punk, estou liberando também alguns históricos discos ao vivo, como o “Stiffs Live” (com Nick Lowe, Wreckless Eric, Larry Wallis, Elvis Costello e Ian Dury) e o “The Roxy London XC2 (Jan-Apr 1977)”, com Slaughter & The Dogs, Wire, Johnny Moped, Eater, X-Ray Spex e Buzzcocks.
E quem curte o rock mais alternativo que se seguiu ao pós-punk deve aproveitar os LPs de KRAUTROCK que estão no pacote: tem Can e Faust.
Discos fabricados recentemente, em vinil 180 gramas, como The Micragirls, Jessie Evans, The 4 Instants (reedição da Wah Wah Records) e a releitura que o Flaming Lips (junto com Henry Rollins, Peaches e White Dwarfs) fez de “Dark side of the moon”, do Pink Floyd.
Bootlegs, como o Radiohead (em Londres, 2008-2009), Lou Reed (1972) e Neil Young (em Los Angeles, 1971), David Bowie & The Hype (na teatro de BBC, em 1970), Morrissey (“ripados” de participações na TV inglesa, circa 1991-92), Dire Straits (em Wembley, 1985), Elvis Costello (ao vivo no El Mocambo, 1978).
Sempre tive curiosidade de conhecer música de outros cantos do mundo. Rock de preferência, mas não só. Então tem também uma coletânea dupla do Sérgio Godinho, uma coletânea de pós-punk, metal e new wave Tcheco, um LP da excelente banda húngara de hard rock Bergendy, o francês Danyel Gerard, o italiano Renato Zero, o israelense Ariel Silber, o sul-africano Addullah Ibrahim (anteriormente conhecido como Dollar Brand) e o grupo de jazz-fusion Nuevos Aires (argentino, claro!).
Além de uma pancada de discos suecos. Rock dos anos 70, mais orientados pro progressivo e pro folk, e bandas de punk e new wave. Todas cantando em sueco. Ainda estou escutando e decidindo o que fica e o que vai. Do Leif LArson, Ett Anstandigt Liv, Kvinna Eller Man, Björm Json Lindh e do Johan Lindell eu já abri mão…
Finalmente, uma dúzia de discos de 10 polegadas: Silvio Caldas canta Ary Barroso, Betinho, Johnny Hallyday, o “Polêmica” de Noel Rosa e Wilson Batista, Marty Robbins, Live (lindo, em vinil translúcido), Charley Christian (com Thelonious Monk), Moacyr Silva, G. Love & Special Sauce, The Cosmic Vampires e 2 discos do Iggy Pop & The Stooges lançados pelo selo Bomp! – um deles tem a capa em 3D e vem com um óculos especial….
Até um livrinho bateu asas e voou…. Bem, não tem nada de “inho”: falo do “Bossa Nova e outra bossas: a arte e design nas capas dos LPs”, de Caetano Rodrigues e Charles Gavin. Edição limitada e numerada, do tamanho de um LP, em papel especial, com 312 páginas.
É isso….
A gente se vê na Baratos: fica na Rua Barata Ribeiro 354, em Copacabana.
E esse material, se não vender antes, vai aparecer, pelos próximos dias, no portal www.prefirovinil.com.br .
Um abraço,
Maurício Gouveia
Gerente
tel. (21) 2256 8634
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AH, TENHO DUAS RECOMENDAÇÕES DE FUZUÊS PARA OS ROQUEIROS CARIOCAS:
Eu discoteco nesta sexta-feira, dia 12, na Festa Rockin´ Drinks, no Albergue da Matriz, com o craque Wesley Snipes.
Devo tocar lances como Clash, Frank Black, The Black Keys, NOFX, Vaccines, Jet, Raveonettes, Jake Bugg, The Cars, Foxy Shazam, Pavement, Ultraje a Rigor, Tony Molina, Motörhead, Lagwagon, Sharks, Beach Lizards, Plebe Rude, The Boys. J. Roddy Walston & The Business, Magazine, The B-52´s, Rezillos, The Motors, Deaf School, Kinks, The Suburbs, Turtles, Shudder to Think e Soft Boys…
E no sábado tem mais uma edição da College Rock Party: no Bar do B, em Laranjeiras (dentro do Mercadinho São José).
em parceria com a CURTO CIRCUITO, um iniciativa conjunta de 4 das lojas de discos mais legais do Rio: Berinjela (Centro), Baratos, Sempre Música (Catete) e Satisfaction (Copa)!
Basta comprar qualquer coisa, de qualquer valor, em alguma dessas lojas, e pedir o INGRESSO DOURADO: com ele você paga apenas 10 pila, chegando em qualquer horário.
A cada edição, uma das lojas faz a curadoria, dando o tom da noite. Nesta derradeira edição de 2014, a cargo da BERINJELA, vai rolar um especialíssimo show do SECOND COME, uma das mais influentes bandas de rock alternativo brazuca dos anos 90!
BERINJELA: Av. Rio Branco 185, subsolo, Centro, tel 2215 3528
BARATOS DA RIBEIRO: Rua Barata Ribeiro 354, Copa, tel 2256 6834
SATISFACTION: Rua Francisco Sá 95, Copa, tel 2521 2893
SEMPRE MÚSICA: Rua Correa Dutra 99, sobreloja, Catete, tel 2265 6910
fui!
Publicado por Maurício
Tópicos: Clube do Vinil, College Rock Party, DJ Ácaro comanda a festa, Novidades no Acervo