Baratos da Ribeiro

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O SEBO BARATOS DA RIBEIRO acaba de adquirir uma fantástica coleção de programas de peças e espetáculos que foram marcantes na história do teatro brasileiro. (Eles fazem pensar o quanto faz falta o apoio do comércio da cidade, que anunciava fartamente nestes impressos – e essa publicidade é um atrativo à parte, aliás.) O antigo dono trabalhou na administração de teatros e seu último cargo foi na Casa de Cultura Lauro Alvim. São mais de 200 programas (muitos deles com os bilhetes dentro), que estão sendo vendidos por preços que variam de R$ 3,00 a R$ 35,00.
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Alguns exemplos:
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“OPINIÃO”, de Armando Costa, Eduvaldo Vianna Filho e Paulo Pontes, com Nara Leão, João do Vale e Zé Kéti. Este é o livreto da montagem original mesmo – como quase todos aqui descritos -, realizada em 1964!
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“RODA VIVA”, a montagem da peça de Chico Buarque no Teatro Leopoldina, em 1968, com a equipe original: direção de Zé Celso Martinez Corrêa e Paulo Augusto, Pedro Paulo Rangel e Paulo César Pereio no elenco. Dentro deste programa o antigo dono guardou um recorte de jornal da época, narrando a repetição da violência contra a companhia teatral em Porto Alegre, por parte de grupos direitistas.
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“OPERA DO MALANDRO”, a produção do Teatro dos 4 de 1978 – a clássica montagem de Martinez Corrêa com Ary Fontoura, Marieta Severo, Otávio Augusto, Elba Ramalho, Cida Moreyra, Cláudia Jimenez e Cacá Rosset. O programa é na verdade uma revista de 96 páginas, que traz, além dos dados técnicos, artigos de história e crítica escritos por Ruy Mauro Marini, Manoel Maurício de Albuquerque, Luiz Werneck Vianna e Carlos Albânio.
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“HAIR”, montado por Ademar Guerra em 1969. O programa à disposição no sebo data de alguns anos depois – a temporada se estendeu até 1972 -, quando Nuno Leal Maia e Ney Latorraca já integravam o grande elenco. Além de Sônia Braga, revelada aos 18 anos, a versão brasileira do musical de protesto ianque contou com Armando Bogus, Altair Lima, Benê Silva, José França, Neusa Maria, Aracy Balabanian e Gilda Vandenbrande.
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“ARENA CONTA ZUMBI”, a montagem de meados dos anos 60, no Teatro Leopoldina da peça de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal, com música de Edu Lobo.
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“TODA AQUELA COISA…”, espetáculo da companhia Astrubal Trouxe o Trombone, um escrachado e quase tosco, ainda que charmoso, amontoado de 12 folhas A4, com desenhos feitos pelos próprios porra-loucas: Evandro Mesquita, Regina Case, Patrícia Travassos, Luís Fernando Guimarães, Perfeito Fortuna & cia.
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“RASGA CORAÇÃO”, do Vianninha, montagem no Teatro Villa-Lobos em 1979, com Raul Cortez, Ary Fontoura, Lucélia Santos, Sonia Guedes e Antonio Petrin.
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“DOIS PERDIDOS NUMA NOITE SUJA”, de Plínio Marcos, montado no Teatro Leopoldina em fins dos anos 60 com Nelson Xavier e Emiliano Queiros no elenco – curioso o texto que abre o libreto: Dom Hélder Câmara acha que “Dois Perdidos” vale mais do que vinte sermões”.
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“JORNADA DE UM IMBECIL ATÉ O ENTENDIMENTO”, também de Plínio Marcos, montado pelo Grupo Opinião em 1968, com direção de João das Neves e Geny Marcondes e um elenco de cair o queixo: Milton Gonçalves, José Wilker, Teresinha Calazans, Denoy de Oliveira, Jorge Cândido e Ary Fontoura.
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“VIÚVA PORÉM HONESTA”, do Nelson Rodrigues, na montagem de Álvaro Guimarães, que aconteceu no Teatro Sérgio Porto, com Olegário de Holanda, Hugo Mayer e Brigitte Blair no elenco.
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“SERAFIM PONTE GRANDE”, montado pelo Grupo Pessoal do Cabaré, com direção de Buza Ferraz e adaptação de Alex Polari, no Teatro Villa-Lobos, em 1982.
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“TV Croquettes – Canal Dzi”, com texto de Cláudio Gaya e Wagner Ribeiro e coreografia de Ciro Barcelos. Esse foi o espetáculo mais marcante dos DZI CROQUETTES, tema do ótimo documentário atualmente em cartaz.
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